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Nossas Devoções
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Santíssimo Nome de Jesus - 31 de janeiro - Festa
A Festa do Santíssimo Nome de Jesus teve uma influência determinante na espiritualidade de Santo Aníbal Maria Di Francia, que ele enumerou "entre as principais” nos seus Institutos. Fundamenta-se na promessa de Jesus: se pedirdes qualquer coisa ao Pai em meu nome, ele vos dará. Até agora não pedistes nada em meu nome. Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja plena (Jo 16,23-24). A celebração exprime uma profunda ligação com o carisma do Rogate, que tem seu centro na oração incessante ao Senhor da messe.

Das "Homilias sobre o Nome de Jesus” de Santo Aníbal Maria Di Francia, presbítero e fundador (Vol. 13, pp. 26-28)

O NOME DE JESUS NA SANTÍSSIMA EUCARISTIA

Compreendestes a doçura que é o Nome adorável de Jesus.

O que digo eu? Para fazer-vos compreender a doçura deste Nome deverei antes eu próprio a compreender. Mas como posso compreendê-la? Os Anjos e os bem-aventurados compreendem até certo ponto - mas não plenamente - quanto é doce e suave o Nome de Jesus!


Vinde, portanto, Anjos do céu! Todavia os Anjos do céu não vêm! Ó filhinhos! E que necessidade nós temos dos Anjos?

Ah. Eis aqui sobre este altar o Rei dos Anjos, o Anjo do Grande Conselho, como chama Isaías. Eis aqui oculto na forma de pão, Jesus adorável. Jesus mesmo! Jesus em pessoa que nos fala, nos ensina quanto é doce o seu Nome. Quanto é santo, amável, divino e glorioso o seu Santíssimo Nome! Sim, silenciam todos os mestres e pregadores. Porque é Jesus Sacramentado o Divino Mestre que nos ensina todos os mistérios do amor e da sabedoria que se encerram neste Santíssimo Nome: Jesus. Vejamos brevemente.

No livro do profeta Isaías se lê: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, que chamará Emanuel (Is 7,14). Emanuel, Deus-conosco: Eucaristia e Nome. O nome não é o objeto ou a pessoa. Porém, em Jesus o Nome é a pessoa. Na Eucaristia está Jesus e o seu Nome; e eles são um só.

De que modo Jesus na Santíssima Eucaristia nos faz conhecer as glórias, as grandezas e a doçura do seu Nome? Em estar na sua presença. Quanto é desejável a presença de Jesus Sacramentado! Por isso, ele quis ficar conosco. Poderia ficar em uma só igreja! Mas, por que quis estar presente em todas as igrejas? Porque nos quer sempre na sua presença. E quando ficamos humildes e recolhidos diante dele, então nossa alma e nossos pensamentos se dilatam com o Nome de Jesus.

Nesses momentos dizemos: "Eu estou na presença de Jesus. Sobre o altar está Jesus. Aqui o adoro. Aqui o amo. Aqui vejo Jesus”. Sim, o vemos pela fé; e vê-lo e chamá-lo por seu Nome é uma só coisa! Imaginai que estejais envolvidos por densa neblina. Diante de vós está um homem ainda invisível, mas o ouvis falar. Dizeis: "é fulano de tal”. De repente a neblina se dissipa e é possível vê-lo. Então exclamais: "eilo!”. Vós o chamais pelo nome. O mesmo acontece com a pessoa na presença de Jesus. Ele é visto através da fé. E vê-lo e invocá-lo é uma única ação.

Quantas pessoas amantes, puras, diante do Sacramentado Bem, enquanto silenciam, não cessam de exclamar no coração: "Ó Jesus ... Jesus... Jesus sacramentado; ó Jesus hóstia; ó Jesus amor; ó excesso de amor etc.”. E o Nome de Jesus se torna o alimento da alma! Esta pessoa fica repleta do Nome de Jesus, desfalece pelo Nome de Jesus. Esta pessoa na pureza da fé vê os anjos e ela os ouve cantar. E o que cantam os Anjos ao redor do Santíssimo Sacramento? Cantam as glórias do Nome de Jesus! A pessoa os ouve cantar: "Viva Jesus!”. Vede vós os Santos. E o que cantam? Jesus! Vede Maria. E o que a ouvireis repetir? "Este é o meu Jesus, ama o meu Jesus!”. A pessoa, que com amor está diante da Eucaristia, transborda do Nome de Jesus!

Há ainda mais. Jesus mesmo repete o seu Nome Santíssimo para a pessoa bem-aventurada que está na sua presença! Sim! [Recordemos a aparição de Deus na] sarça de Moisés. "Quem és?”, [ pergunta Moisés. E Deus responde do meio da sarça]: Eu sou aquele que sou (Ex 3,2.14). Esta é a sarça! A pessoa sabe quem é [...]. Mas interroga como que para ouvir aquele nome adorável. E lhe diz: "Senhor, quem és?”. E ouve: "Eu sou Jesus!”. Ó, sim! Ao mesmo tempo em que a pessoa fala com Jesus no sacramento, Jesus no sacramento fala com a pessoa. Ele lhe diz: "Sou eu, Jesus!”. É como no poço de Jacó (cf. Jo 4,1-42) a samaritana o escuta, e de imediato o ama, manifestando o desejo de reconhecê-lo como Messias. Este lhe diz: Sou eu o Messias, ou, eu sou Jesus! (cf. Jo 4,26).

Quantos mistérios de amor na presença de Jesus Sacramentado! O vínculo entre a alma e o Deus Sacramentado é o Nome de Jesus. Pois se não houvesse a mediação do Nome de Jesus, a pessoa se confundiria. Já que ali está Deus, o verbo de Deus (cf. Jo 1,14), o incompreensível, o inacessível, o não investigável etc. Mas está o Nome de Jesus. Porque na Eucaristia está presente o verbo que se encarnou e depois se fez Pão (cf. Jo 1,14).

Vamos ao Tabor. Na transfiguração, a divindade se manifesta. Os Apóstolos caíram imóveis no chão. A nuvem na qual são envolvidos é a da fé. O Evangelista nos diz que não viram mais ninguém, senão Jesus (Mc 9,8). Ora, o mesmo mistério se revive na Eucaristia. A divindade se esconde sob a nuvem que é o pão e nós vemos e ouvimos somente o Nome: Jesus!

No entanto, não terminam aqui os mistérios inefáveis do Nome Santíssimo de Jesus na Eucaristia! Eu aqui falo a pessoas que frequentam diariamente a santíssima comunhão com amor, humildade e fé. Ó! Estas pessoas que recebem de modo assíduo a Jesus e se unem no fervor a Ele e assim se transformam Nele. Estas só podem viver em uma contínua lembrança do Nome de Jesus. Não se trata mais de espiritualmente receber na fé o doce som do Nome Santíssimo de Jesus como acontece na adoração a Jesus Sacramentado.
Trata-se de receber o Nome de Jesus em substância!

ORAÇÃO

Ó Deus, que na encarnação do vosso Filho pusestes fundamento à obra de salvação do gênero humano: concedei a vossa misericórdia a esta família que a implora, para que todos reconheçam que não há outro nome a invocar para sermos salvos, a não ser o de Jesus Cristo, vosso único Filho. Que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
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São José - 19 de março - Solenidade
São José, homem justo, patrono da Igreja universal, foi considerado por Santo Aníbal Maria Di Francia protetor especial da Obra, modelo de vida interior e provedor dos bons operários do Evangelho. Na espiritualidade da Família do Rogate, São José é aquele que intercede de modo especial para obter o dom das vocações ao ministério presbiteral e à vida consagrada.

Dos "Escritos” de Santo Aníbal Maria Di Francia, presbítero e fundador. (Vol. 54, pp. 246-248)

SÃO JOSÉ, PROVEDOR DOS BONS OPERÁRIOS EVANGÉLICOS PARA A SANTA IGREJA

Ó, quanto é importante o Patriarca São José! Desejaria que a minha jovem voz bradasse em todo o
mundo para provocar nos corações amor e devoção para com o excelso entre todos os santos, o casto esposo da Virgem Maria e pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. Fixemos o nosso olhar no Glorioso Patriarca São José como prudente pai de Família e provedor no governo da santa Igreja.

Ainda cedo, antes do nascer do sol, o pai de família saiu para encontrar operários para a sua vinha (cf. Mt 20,1). Quem é este Pai de Família? É Nosso Senhor Jesus Cristo que desceu do céu à terra para redimir-nos da escravidão do pecado e da eterna condenação.

A sua família é a santa Igreja que Ele vem fundar; a vinha para a qual procura operários é cada alma a salvar [...]. Ora, qual é a voz da qual se serve Nosso Senhor Jesus Cristo para convidar - com tonalidade de voz que o mundo não ouve nem aprecia - os seus prediletos Benjamins a entrarem no Santuário, de modo a cultivar a vinha do Grande Pai de Família?

Sem dúvida é aquela de São José, que no Evangelho é chamado o Justo (cf. Mt 1,19), isto é, o detentor de todas as virtudes. São José chama os operários com a voz das suas virtudes e com o grande poder que o Altíssimo Deus lhe deu. O seu chamado consiste em fazê-los sentir internamente os estímulos da graça da vocação; e ao chamá-los desperta neles um doce sentimento pelas coisas santas, rejeição ao pecado e de tudo o que é passageiro. São José os chama e frequentemente recorda aos operários que o Senhor os destina a se santificarem e a trabalhar pela salvação por meio da oração, do ensino da palavra e da administração dos Sacramentos.

Nesta nossa humilde capela, oratório interno da nossa Casa Mãe, arde dia e noite uma argêntea lâmpada ao
glorioso Patriarca São José, que nós chamamos de Lâmpada das Vocações. Essa lâmpada nos recorda que, entre todos os santos, nós colocamos em São José nossa total confiança. Na sua poderosa intercessão ao bom Deus para obter os bons evangélicos operários para a santa Igreja.

Ó, quanto é bela a missão que Deus se dignou confiar a este Instituto. A de lhe implorar todos os dias, por voto, que queira mandar os Sagrados Ministros do Santuário, bons, zelantes, fervorosos, amantes do carisma, homens mortos ao mundo e a si mesmos e repletos de desejos puros e celestiais.

Mas nós somos indignos desta eleição divina. E porque somos frágeis, seria presunção se confiássemos apenas nas nossas forças para obter do Altíssimo os Sacerdotes Santos. Porém, nós rezamos com confiança e estamos certos de que seremos atendidos, porque enquanto nós rezamos, São José, como Previdente Pai de Família, chama aqueles pelos quais suplicamos ao Divino Serviço.

Não sem razão, no início destes humildes Institutos quis Deus providente destinar como primeiro protetor o Santo Patriarca. Justamente porque nenhum outro, a não ser São José, poderia nos inspirar e formar para tão nobre Oração ou Rogação.

Oração

A vós, S. José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos também o Vosso patrocínio. Por este laço sagrado de caridade que Vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente Vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com seu Sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio e poder. Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o Vosso constante patrocínio a fim de que, a Vosso exemplo e sustentados por Vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.
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Nossa Senhora do Rogate - Sábado antes do 4º Domingo da Páscoa
A Bem-aventurada Virgem Maria, que "guardava todas as palavras do Filho no seu coração” (cf. Lc 2,51), é o modelo daqueles que escutam a palavra de Deus e a observam (Lc 11,28). Ainda hoje intercede por nós junto ao Pai celeste para que suscite no povo de Deus apóstolos numerosos e santos.

Dos "Escritos” de Santo Aníbal Maria Di Francia, presbítero e fundador (vol. 54, pp. 165-168)

MARIA CONSERVAVA E MEDITAVA NO SEU CORAÇÃO AS PALAVRAS DO FILHO

Nosso Senhor Jesus Cristo conferiu a sagrada dignidade aos Apóstolos, os instruiu sobre todos os seus mistérios, mas eles nada compreenderam. Bem compreendeu tudo a Sede da Sabedoria, e depois da Ascensão de nosso Senhor Jesus Cristo reuniu no Cenáculo os Apóstolos e os Discípulos
e os exortou a rezar para que descesse sobre eles o Espírito Santo. E eles rezaram, e em companhia da Mãe de Deus perseveraram na oração. Mais que o som melodioso de angélica cítara, as fervorosas orações que brotaram do Imaculado Coração de Maria, chegaram à divina presença!

Ó Coração puríssimo, ó Coração imaculado, porque não vos revelais à contemplação da nossa fé? Então
compreenderemos quais eram as vossas orações naquelas divinas horas no Cenáculo, quando invocastes o Espírito santo sobre os Apóstolos!

Mas se eu olho aquele Coração imaculado, eu vejo impressas em letras de ouro todas as palavras pronunciadas por Nosso Senhor Jesus Cristo, e vejo quanto é verdadeiro o que foi escrito por S. Lucas Evangelista: Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração (Lc 2,19). Assim sendo, não é possível que no seu Coração imaculado não se encontrem impressas em escrita
celestial aquelas divinas palavras saídas do Divino Zelo do Coração de Jesus: Rogate ergo Dominum messis, ut mittat operarios in messem suam (Mt 9,38). Sim, Maria Santíssima recolheu no seu imaculado Coração este divino mandamento e o observou (cf. Lc 11,28). Ela, olhando para a humanidade aflita, via todos os povos do mundo como uma grande messe abandonada; sentia a grande necessidade dos místicos agricultores nesse grande campo, e não podia não lembrar-se das palavras de Jesus Cristo Nosso Senhor: Rogai ao Senhor
da messe para que mande operários à sua messe (Lc 10,2). Sim, [Maria] rezava, e rezava ao grande Dono da messe, Deus, para que enviasse os evangélicos operários. Quem pode dizer que essa oração não produzisse efeito?

Cornélio Alapide, comentando sobre essa passagem do Evangelho, diz que os Apóstolos durante toda a vida rezaram para que o Senhor não deixasse faltar os seus sucessores na Igreja; com mais razão devemos afirmar que Maria Santíssima, cujos interesses eram aqueles do Coração de Jesus (cf. Fl 2,21), rezasse continuamente, incansavelmente, para obter os evangélicos operários à Santa Igreja! Aquele Rogate do seu divino Filho, por ele mesmo tantas vezes repetido, ressoava em seus ouvidos e em seu coração, e
rezava, rezava, rezava [...].

Aqui é necessário considerar que operários na Igreja não são somente os sacerdotes, mas também as virgens consagradas a Deus. A primeira operária evangélica foi, sem dúvida, a Santíssima Virgem, que trabalhou durante toda a vida no místico campo da fé, e coroou a sua divina missão com tudo o que realizou para que o Evangelho fosse anunciado no mundo inteiro e todas as pessoas alcançassem a salvação.

ORAÇÃO

Ó Pai, que destes o Espírito Santo aos Apóstolos quando perseveravam em oração no Cenáculo com a Bem-aventurada Virgem Maria, concedei-nos que permaneçamos unidos a ela, nossa mãe e rainha, na oração incessante pelo dom de novos operários da messe, para levar ao mundo inteiro, com a força do Espírito, o alegre anúncio da salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Assim como Maria Santíssima jamais cessou e nem cessará de pedir para obter à Santa Igreja o inestimável tesouro dos bons operários do Evangelho, do mesmo modo jamais cessará de pedir as boas operárias evangélicas, as sagradas virgens e todas as pessoas escolhidas, às quais transmite a chama do seu zelo celeste. Nisso se manifestam as palavras escritas pelo Profeta: "Com ela, as virgens, suas companheiras, vos são apresentadas” (cf. Sl 44,15).
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Sagrado Coração de Jesus - Sexta-feira depois do 2º Domingo de Pentencostes - Solenidade
Dos "Escritos” de Santo Aníbal Maria Di Francia, presbítero e fundador (vol. 10, pp. 136-137)

A COMPAIXÃO DO CORAÇÃO DE JESUS

Um atributo especial de um coração nobre e generoso é a compaixão. Ela consiste num certo sentimento misto de amor e de ternura, que nos leva a compadecer-se das dores dos outros, a enxugar as lágrimas dos infelizes e a compartilhar as aflições dos atribulados. Neste mundo o número dos corações que sentem compaixão é pouco, como também é pouco o número dos que amam a Deus, sendo a misericórdia um efeito da caridade. Mas a compaixão tem sua morada segura no Coração de Jesus. E aquele Coração divino é por
inteiro compaixão, ternura e misericórdia. Por três razões um coração pode ser capaz de sentir a compaixão. Estas razões, que vou apresentar, atingem com força o Coração Santíssimo de Jesus que o faz ter compaixão de nossos penares.

Em primeiro lugar, isso acontece por sua natureza. E quem pode duvidar? Eu não afirmo apenas porque aquele Coração divino foi formado por obra do Espírito Santo no seio imaculado de Maria e, por isso, é a obra mais perfeita do Divino Amor.

Mas, vos direi que, logo que se formou no seio puríssimo de Maria, ele foi assumido pela divindade e, então, é o Coração de um Deus. De um Deus que é generosidade, bondade, caridade eterna e infinita. O Coração santíssimo de Jesus é, por sua natureza, ternura pura, sensibilidade, compaixão e misericórdia. Por isso, até um simples gemido o comove, cada suspiro o sensibiliza e toda aflição nossa o estremece.

Em segundo lugar, tendo admitido que a visão dos sofrimentos dos outros o comovia, é necessário pouco para compreender o quanto seja compadecido o Coração de Jesus. Ele não esteve sempre em contato com a mísera humanidade? Jesus Cristo não quis ficar entre os poderosos, participar de suas festas. Ao contrário, esteve entre os pobres e aflitos. E como se emocionava o Coração divino vendo as infelicidades humanas. Observai este coração: quanta compaixão ele demonstra à viúva de Naim. Logo que a vê, chora, comove-se e ressuscita o seu filho (Lc 7,11-15). No alto dos montes da Judeia estava ensinando quando, vendo uma grande multidão que o seguia - e que Felipe não sabia responder como fazer para alimentar a tantas pessoas -, ele sente compaixão e multiplica os pães (Jo 6,5-11). Jesus teve compaixão mais tenra, ainda, na piscina probática: ele viu um pobre paralítico que sofria há trinta e oito anos. Jesus aproxima-se e o cura (Jo 5,2). O mesmo acontece com o cego de nascença que gritava: "Filho de Davi, tende piedade de mim” (Mc 10,46-52; Lc 18,25-43). Jesus Cristo em sua vida mortal viu todas as desgraças humanas: indigência, pobreza, aflição e enfermidades. Nestas situações, mostrou ternura, compaixão e misericórdia.

Em terceiro lugar, esta motivação da experiência, certamente, move o Coração Santíssimo de Jesus em infinita compaixão para com todos. Ó, que experiência amarga e terrível Jesus experimentou diante de todas as nossas dores! Digamme se Jesus deixou de lado uma só pena... A pobreza? Ele a experimentou desde o seu nascimento. A fome e a sede? Jesus as sofreu durante toda a sua vida e até no Calvário (Jo 19,28).
As perseguições? Ele sempre foi muito perseguido. As doenças? Ele foi o homem das dores que conhece muito bem o sofrer (Is 53,3). As angústias secretas do coração, as lutas e as penas íntimas: ele as suportou durante toda sua vida e especialmente em sua Paixão. Poderíamos afirmar que não somente sofreu todas as nossas dores, mas que todos os humanos sofrimentos estiveram presentes no Coração de Jesus Cristo.

Então, o Coração Santíssimo de Jesus é também, por este motivo, todo cheio de ternura, sensibilidade, compaixão e misericórdia. Nós sofremos neste mundo; somos agitados pelas tempestades. Mas o Coração Santíssimo de Jesus vela sobre nós porque somos seus irmãos, amigos e esposas. Ele é o nosso Pai, nos ama com um amor infinito. Como então poderia não ter compaixão?

ORAÇÃO

Ó Coração dulcíssimo de Jesus, ao dizer: "Rogai ao Senhor da Messe que envie operários à sua messe”, nos destes a confiança de nos atender quando vos pedimos esta grande graça. Para obedecer a este vosso mandamento, suplicamos: "Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa Messe”.
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Santo Aníbal Maria 1º de junho - Solenidade
Nasceu em Messina (1851-1927), foi ordenado sacerdote em 16 de março de 1878. Dedicou-se à redenção moral e espiritual de Avinhão, um lugar bastante pobre e degradado da sua cidade.

Fundou os Orfanatos Antonianos Femininos e Masculinos (1882-1883) e as Congregações Religiosas das Filhas do Divino Zelo (19 de março de 1987) e dos Rogacionistas do Coração de Jesus (16 de maio de 1897).

Intuiu desde a adolescência a necessidade da oração pelas vocações e se empenhou com todos os meios pela difusão do divino mandamento de Jesus: "A messe é grande e os operários são poucos. Pedi, pois, ao senhor da messe que envie operários à sua messe” (Mt 9,37-38; Lc 10,2). É reconhecido como "pai dos órfãos e dos pobres” e "autêntico antecipador e mestre zeloso da moderna pastoral vocacional”.

ORAÇÃO
Ó Deus, esperança dos humildes, refúgio dos pobres e pai dos órfãos, que fizestes do presbítero Santo Aníbal Maria um insigne apóstolo da oração pelas vocações, por sua intercessão, enviai para a vossa messe dignos operários do evangelho, e concedei que, animados do mesmo espírito de caridade, cresçamos no amor para convosco e para com o próximo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

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Santo Antônio de Pádua - 13 de junho - Solenidade
Santo Antônio de Pádua (de Lisboa), doutor do Evangelho, protetor dos pobres e dos sofredores, verdadeiro modelo de operário na messe, foi proclamado por Santo Aníbal Maria Di Francia insigne benfeitor da Obra. Ele é, portanto, o Patrono principal das Congregações das Filhas do Divino Zelo e dos Rogacionistas.

Dos escritos de Santo Aníbal Maria Di Francia, presbítero e fundador (Vol. 34, p. 133; vol. 8, p. 72)

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA, INSIGNE BENFEITOR DA OBRA

No início da Obra quase não pensávamos em Santo Antônio. Mas ele se fez presente; obteve-nos um maior desenvolvimento, ajudas espirituais e materiais, graças maravilhosas, difíceis e inesperadas, permitindo a sustentabilidade às Casas. Eu, que suportei por tantos anos o peso da escassez extraordinária e das fadigas estéreis da Obra, sinto uma profunda gratidão por este nosso amado e afetuoso Santo, como deveis sentir também vós. É por isso que, neste ano, sentimo-nos motivados a honrá-lo com a terceira proclamação do título. Sentimos que, com esse ato, estamos fazendo algo muito agradável e justo aos Corações Santíssimos de Jesus e de Maria, ao Patriarca São José e a todos os Anjos e Santos, nossos intercessores e protetores, saudando o glorioso Santo Antônio de Pádua com o título de grande benfeitor universal.

Ó excelso e glorioso Santo Antônio de Pádua, neste dia solene da vossa festa, nós, membros deste Instituto e Orfanato, prostrados aos vossos pés, bendizemos antes de tudo o Senhor Jesus, pelo especial amor com o qual vos dotou, atraiu e enriqueceu com os seus dons e com as suas graças, inflamando-vos de seráfico amor e de zelo apostólico.

Agradecemos e bendizemos a Divina Bondade por vos ter dado em elevado grau o dom dos milagres, tanto em vida, como depois da morte, pelo qual o mundo vos reconhece como poderoso intercessor junto a Deus e dispensador de graças e prodígios.

Por isso, neste momento, colocamo-nos aos vossos pés e, apresentando-vos estes Institutos que se distinguem pelo sagrado lema evangélico: Rogate ergo dominum messis, ut mittat operarios in messem suam (Mt 9,38), suplicamo-vos que nos coloqueis sob a vossa especial proteção, e, fazendo memória de como fomos beneficiados abundantemente em tantas ocasiões, proclamamo-vos Benfeitor insigne destes Institutos e de todos nós.

Ó glorioso Santo, dignai-vos aceitar esta devota proclamação. De hoje em diante, sede efetivamente nosso benfeitor insigne, nas necessidades espirituais e temporais, obtendo dos Corações Santíssimos de Jesus e de Maria, meios eficazes para a santificação, formação e incremento destes Institutos e no cumprimento de bons desejos para a maior consolação do Coração de Jesus.

Ó bondoso Santo, olhai com celeste caridade e seráfico zelo a nossa situação, vinde em nosso auxílio com a misericórdia divina deste Menino Jesus que apertais ao vosso coração e que é todo vosso, como vós fostes todo seu.

Por amor a Jesus, por amor da Imaculada Virgem Maria, por amor do vosso pai, São Francisco, tornai-vos nosso Benfeitor insigne, multiplicando sobre nós os vossos celestes favores. Concedei-nos não somente as graças, mas também que nos tornemos especialistas da caridade e da misericórdia para a maior consolação do Coração de Jesus. Amém.

ORAÇÃO

Deus eterno e todo-poderoso, que em Santo Antônio,verdadeiro modelo de operário evangélico, destes ao vosso povo um insigne pregador e protetor dos pobres e sofredores, fazei-nos, por seu auxílio, seguir os ensinamentos da vida cristã, e sentir a vossa ajuda em todas as provações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Nossas Devoções
Nossa Senhora do Carmo - 16 de julho - Festa
A Festa da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, venerada com especial devoção por Santo Aníbal Maria Di Francia, expressa uma profunda relação com o carisma do Rogate. No Monte Carmelo, Elias, profeta do divino zelo, realizou a sua missão, prefigurando o zelo de Cristo para a glória do Pai, que também ficou evidente no mandamento da oração pelos operários da messe (cf. Mt 9,35-38). No Brasil celebra-se com o grau de Festa, enquanto na Itália é memória.

Dos "Escritos” de Santo Aníbal Maria Di Francia, presbítero e fundador
(Vol. 25, p. 58, vol. 45, p. 121, vol. 1, p. 205)

O DIVINO ZELO DO CORAÇÃO DE JESUS

O que é o zelo? Ele foi descrito pelo doutor da Igreja, São Francisco de Sales: o fervor de caridade. Ó, que definição! Quando a caridade vibra, quando não pode ser contida dentro do coração, quando este incêndio irrompe, e suas vívidas chamas se espalham; quando esse santo amor de outro bem não pode ficar ocioso, mas necessita agir, para evitar a perdição dos outros, para remediar aos outros os perigos, para arrebatar almas inocentes do ócio, da exaustão, da ruína moral e civil, ó, então a caridade se transformou em um zelo!

A caridade gera uma virtude, que é como o fervor e a chama. Ela ascende para Deus e atinge, pelo amor e pela glória do infinito, a sua intensa atividade. Esta virtude é o zelo pela glória de Deus e a saúde das almas. Ela substitui o egoísmo do mundo pelo verdadeiro altruísmo e cria vivo interesse pelo autêntico bem-estar dos outros e pelo triunfo da verdade. O homem nela envolvido não pode mais ficar inerte. A sua vida se torna um contínuo afadigar-se para Deus, para a verdade, para o bem moral de todos e um contínuo sofrimento de ver o mal se espalhar na sociedade e não ser capaz de abraçar o mundo inteiro nas suas ações.

O zelo verdadeiro é filho da caridade e tem as mesmas qualidades que São Paulo a ela atribui: é paciente, é benigno; não é invejoso, nem vingativo; não se ensoberbece, não é ambicioso, nem busca os seus próprios interesses; não se deixa mover pela raiva, nem suspeita mal. Tudo desculpa e tudo suporta (cf. 1Cor 13,4-7). O verdadeiro zelo é uma chama viva, ardente, ativa; mas também calma, que se estende a tudo e a todos, sem ímpeto e precipitação. Quem pode ter mais zelo do Divino Zelo de que ardia no coração de nosso Senhor Jesus Cristo e o devorava? (cf. Sl 68,10). De fato, ele disse: Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração (Mt 11,29).

ORAÇÃO

Venha, ó Deus, em nosso auxílio a gloriosa intercessão de Nossa Senhora do Carmo, para que possamos, sob sua proteção, subir ao monte, que é Cristo. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
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São Miguel - 29 de setembro - Festa
O Arcanjo Miguel, "guarda da Santa Igreja”, escolhido por Santo Aníbal Maria Di Francia entre os protetores especiais de suas famílias religiosas, é o Defensor da Obra dos assaltos do maligno e é o poderoso intercessor para que não faltem nunca à Igreja os "bons evangélicos operários”.

Dos "Escritos” de Santo Aníbal Maria Di Francia, presbítero e fundador (Vol. 5, pp. 70-71)

AO ARCANJO SÃO MIGUEL PELO ZELO DO ROGATE

Ó grande Príncipe das Milícias celestes, que sois o grande protetor da Igreja, conforme o desejo de Jesus Cristo, Senhor nosso, vede que a mística esposa está privada da luz do mundo e do sal da terra em todos os cantos da humanidade. Isto é, está sem sacerdotes. Isso acontece porque os povos mereceram em razão dos inúmeros pecados e pelo esquecimento do divino Comando que nosso Senhor Jesus Cristo nos deu: "Rogai ao Senhor da Messe que envie operários para a sua messe” (Mt 9,38).

Se não correspondemos, a Santa Igreja nos convidará inutilmente à oração e ao jejum com a intenção de obter da bondade divina os sacerdotes segundo o coração divino. Rezam e suspiram tantas almas caras a Deus, também pelos interesses do Coração de Jesus. Mas, diretamente, não atendem àquele divino comando do Divino Zelo do Coração de Jesus; não apresentam a este coração divino a implícita promessa que Ele fez de proporcionar à Santa Igreja os operários eleitos da mística messe. Devemos julgar ser um grande castigo do Senhor aos povos o esquecimento e quase total descaso desta oração, cujo efeito não poderá ser vão!

Então, glorioso Arcanjo São Miguel, que tendes muito poder junto ao trono da Santíssima Trindade, não somente vos suplicamos para que, junto dos Corações Santíssimos de Jesus e de Maria, apresenteis à Eterna Divindade e Bondade infinita o pedido para que este grande tesouro seja concedido à Santa Igreja na plenitude da divina misericórdia, mas vos pedimos ainda que alcanceis que este espírito de oração possa difundir-se nos corações dos cristãos, especialmente, nas almas eleitas que estão mais unidas a Jesus, que são estimuladas pelos interesses do seu divino Coração (Fl 2,21) e que inflamam de zelo pela sua glória e salvação.

Fazei que, como o sol que cintilou emite os raios luminosos do oriente ao ocidente, assim este Comando do Divino Zelo do Coração de Jesus resplandeça num repente muito luminoso na mente destas almas e este especial empenho do Coração Imaculada Conceição de Nossa Senhora de Jesus as possa atingir. Que as faça gemer e desejar de que a divina misericórdia, sem demora, encha a terra de apóstolos santos, que seja destruído e abatido o reino de satanás e que Jesus reine em todos os corações e lugares.

ORAÇÃO

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém
Nossas Devoções
Imaculada Conceição - 08 de dezembro - Solenidade
Do Próprio da Liturgia das Horas.

Das Meditações de Santo Anselmo, bispo

Oratio 52: PL 158,955-956 sec.XII

Ó VIRGEM, PELA TUA BENÇÃO É ABENÇOADA A CRIAÇÃO INTEIRA!

O céu e as estrelas, a terra e os rios, o dia e a noite, e tudo quanto obedece ou serve aos homens, congratulam-se, ó Senhora, porque a beleza perdida foi por ti de certo modo ressuscitada e dotada de uma graça nova e inefável. Todas as coisas pareciam mortas, ao perderem sua dignidade original que é estar em poder e a serviço dos que louvam a Deus. Para isto é que foram criadas. Estavam oprimidas e desfiguradas pelo mau uso que delas faziam os idólatras, para os quais não haviam sido criadas. Agora, porém, como que ressuscitadas, alegram-se pois são governadas pelo poder e embelezadas pelo uso dos que louvam a Deus.

Perante esta nova e inestimável graça, todas as coisas exultam de alegria ao sentirem que Deus, seu Criador, não apenas as governa invisivelmente lá do alto, mas também está visivelmente neles, santificando-as com o uso que delas faz. Tão grandes bens procedem do bendito fruto do sagrado seio da Virgem Maria.

Pela plenitude da sua graça, aqueles que estavam na mansão dos mortos alegram-se, agora libertos;e os que estavam acima do céu rejubila-se renovados. Com efeito, pelo fim se seu cativeiro, e os anjos se congratulam pela restauração de sua cidade quase em ruínas.

Ó mulher cheia e mais que cheia de graça, o transbordamento de tua plenitude faz renascer toda criatura! Ò Virgem bendita e mais que bendita, pela tua benção é abençoada toda a natureza, não só as coisas criadas pelo Criador, mas também o Criador pela criatura!

Deus deu a Maria o seu próprio Filho único, gerado de seu coração, igual a si, a quem amava como si mesmo. No seio de Maria, formou seu filho, não outro qualquer, mas o mesmo, para que, por natureza, fosse realmente um só e o mesmo Filho de Deus e de Maria! Toda a criação é obra de Deus, e Deus nasceu de Maria. Deus criou todas as coisas, e Maria deu à luz Deus! Deus que tudo fez, formou-se a si próprio no seio de Maria. E deste modo refez tudo o que tinha feito. Ele que pode fazer tudo do nada, não quis refazer sem Maria o que fora profanado.

Por conseguinte, Deus é o pai das coisas criadas, e Maria a mãe das coisas recriadas. Deus é o Pai da CRIAÇÃO UNIVERSAL, E Maria a mãe da redenção universal. Pois Deus gerou aquele por quem tudo foi feito, e Maria deu à luz aquele por quem tudo foi salvo. Deus gerou aquele sem o qual nada absolutamente existe, e Maria deu à luz aquele sem o qual nada absolutamente é bom.

Verdadeiramente o Senhor é contigo, pois quis que toda a natureza reconheça que deve a ti, juntamente com ele, tão grande benefício.

ORAÇÃO

Ó Deus, que preparastes uma digna habitação para o vosso Filho pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo o pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até vós, purificados também de toda a culpa, por sua materna intercessão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
 

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